CINCO MITOS SOBRE OS PENTECOSTAIS
Por Tony Sousa
É comum a atribuição aos pentecostais de algumas atitudes que sempre foram combatidas pelo movimento. São elas:
1. Ênfase na experiência sobre a Escritura. Os pentecostais sempre valorizaram a experiência como um antídoto contra o cristianismo nominal e o formalismo no culto. Mas ela nunca foi colocada acima da Escritura. Antes, a própria Bíblia estabelece os modelos de experiências segundo a vontade de Deus. A Bíblia é a fonte das doutrinas, bem como da direção de Deus aos Seus filhos.
2. Falta de critério na avaliação das experiências. Pentecostais sempre foram ensinados que nem toda experiência vem de Deus. Prudência, discernimento e avaliação das manifestações espirituais à luz da Palavra são atitudes constantemente incentivadas.
3. Valorização dos dons em detrimento de uma vida piedosa. Embora este perigo sempre esteja presente, o alerta sobre ele é tão antigo quanto o próprio movimento pentecostal. Os pentecostais são ensinados que os dons não são atestado de santidade; que a frequência e a intensidade de manifestações espirituais jamais substituirão uma vida piedosa; e que, embora dons e o fruto do Espírito sejam desejáveis e importantes, o último têm primazia. "Sem santificação ninguém verá o Senhor" é um alerta comum entre nós.
4. Há um abismo entre a teologia pentecostal e a prática pentecostal. Muitos críticos do pentecostalismo até concedem que eruditos pentecostais ensinem o que foi afirmado acima, mas dizem que na prática os pentecostais levam sua vida de modo contrário ao que foi dito. Nada mais enganoso.
5. Todo culto de cristãos pentecostais é totalmente desorganizado e não há pregação expositiva. Mais outra mentira. Alguns denominacionalistas possuem a mania de canonizar a sua denominação e demonizar as demais. Assim as bizarrices e palhaçadas de auditório promovidas por alguns desordeiros são tomadas como parte integrante do pentecostalismo clássico. É óbvio que hoje (infelizmente) a maioria das igrejas pentecostais estão aderindo as novidades próprias do neopentecostalismo, todavia ainda existem raras exceções, são igrejas locais totalmente fiéis ao movimento pentecostal clássico original.
O grande problema é que a maioria esmagadora dos propagadores de espantalhos tiveram pouco ou nenhum contato com igrejas pentecostais. Embasam suas posições em fatos pontuais, episódios infelizes, ou na própria desilusão com o neopentecostalismo. Mas para os pentecostais, a vivência na fé com suas experiências e manifestações deve ser bíblica e cristocêntrica. Esta é a regra, não a exceção.
Existem outros pregadores que possuem a “cara de pau” de mentir no púlpito quanto ao caráter do próximo, usando termos pejorativos e “indiretas” referindo-se aos “pseudo pentecostais da internet”, mas duvido que os mesmos possuam o hábito de visitar algum aglomerado (favela) para evangelizar, tal qual os supracitados “pseudo pentecostais” sempre o fazem, cumprindo a ordem de Cristo de entrar pelos becos e valados a convidar pecadores.