A DOUTRINA DA ELEIÇÃO CORPORATIVA
LEITURA: EFÉSIOS CAPÍTULO 1
Introdução:
Ao estudarmos o assunto da eleição não podemos perder de vista que estamos perante um dos temas mais profundos das escrituras e um dos que mais se aproximam dos fundamentos dos propósitos Divinos. Pensamos que poucas coisas terão sido idealizadas por Deus antes da eleição e que esta é mesmo um dos fundamentos dos Seus desígnios eternos.
Como tudo o que se relaciona com os desígnios de Deus, entendemos que é essencial à compreensão deste assunto dominar e saber aplicar o plano dispensacional. Cremos mesmo que muita da confusão que hoje existe à volta deste assunto, e de muitos outros, deriva directamente da incompreensão, e muitas vezes desprezo, pelos desígnios de Deus com as sua épocas, “os tempos e estações” (1Ts 5:1), tal como encontramos nas Escrituras Sagradas. Só a distinção clara do plano de Deus para Israel e para a Igreja Corpo de Cristo nos abrirá o horizonte relativamente a este assunto. Não ignoramos no entanto a sua profundidade, conscientes de que ao analisá-lo estamos a nos abeirar dos desígnios eternos de Deus pensados na eternidade passada.
1- O que é a eleição?
A eleição consiste no acto soberano de Deus em escolher aqueles que entendeu necessários para concretizar os seus planos. Os eleitos possuem características próprias de acordo com o propósito para que foram eleitos.
O acto da eleição deu-se “antes da fundação” do mundo ou seja antes do primeiro instante da criação (a palavra “fundação” refere-se, comparativamente, ao momento em que se dá a fecundação do óvulo no ventre materno).
A eleição é a resposta de Deus aos desastres das Suas criaturas. Pela eleição Deus preveniu-se contra o pecado sendo os eleitos revestidos de características capazes de contrariar o progresso do pecado e da derrocada da criação. E mais que isso viabilizar o progresso dos propósitos divinos pela eternidade futura.
A eleição é um dos maiores hinos à graça de Deus; ela exemplifica a misericórdia de Deus para com os homens.
A eleição é também um desígnio soberano de Deus e não uma permissão. Por isso a vocação dos eleitos não depende da sua conduta mas da vontade de Deus. Todo o crente da Graça é diante de Deus “santo, irrepreensível e inculpável” quer o seja ou não na sua vida prática. Aliás a predestinação celestial da Igreja não permitiria menos do que isso.
Queremos ainda dizer que quando a escritura diz que fomos “eleitos antes da fundação do mundo” isso não quer dizer que existiu um momento em que fomos eleitos mas que a eleição pertence à eternidade. Os propósitos de Deus são eternos (Ef. 3:11). Não queremos dizer com isto que a idealização por parte de Deus dos Seus planos não tenha acontecido sob determinada forma e ordem mas que não podemos quantificar os métodos de Deus sob parâmetros humanos como por exemplo o tempo ou o espaço.
2- Quem são os Eleitos?
Ao contrário do que é frequente ouvirmos não reconhecemos nas escrituras a eleição de pessoas salvas em detrimento dos perdidos. Convém lembrar que a eleição remonta à eternidade passada e que nada tem a ver com a salvação das almas pois quanto a isso a vontade de Deus é muito clara.
O que pensamos ser claro nas escrituras é a eleição de dois povos, ao que chamamos de eleição corporativa. De facto o que o Senhor elegeu foi Israel como povo com uma vocação terrena para dar resposta ao problema do pecado na terra, e um povo com uma vocação celestial para dar resposta ao problema do pecado no céu.
Israel: Todos reconhecem a chamada enquanto povo da nação terrena do Senhor. Em 1 Reis 3:8 lemos através do rei Salomão acerca do “povo que elegestes”. O apostolo Paulo reafirma o mesmo em Ro 11:28.
Não sabemos quando foi decretada a eleição de Israel mas não custará a crer que aconteceu junto com os demais desígnios Divinos, tanto mais que em Ef. 3:11 estes são chamados no singular como “eterno propósito”.
No entanto é de referir que tudo quanto diz respeito a Israel tem como referencia a “fundação do mundo”. Certamente que isto está relacionado com a vocação terrena do povo, cuja existência é temporária e limitada a este mundo. Quando Abraão foi chamado, Deus disse-lhe que faria dele uma grande nação, e que daria a terra de Canaã à sua semente. Depois quando olhamos um pouco mais para aquilo que Deus deu a Israel, vemos que todas as bênçãos que eles receberam eram exclusivamente em relação à terra. Eles seriam felizes na terra, livres dos seus inimigos, abençoados com uma boa colheita, abençoados no seu amaçar do pão, o seu gado, as suas vinhas, os seus ventres. Tudo de bom que Deus podia dar ao homem na terra Ele prometeu a Israel, desde que atentassem para as Suas palavras. Tudo está relacionado com esta vida e com este mundo e não com o céu.
A Igreja: Ao contrário de Israel a eleição da Igreja está claramente referenciada à eternidade passada “... elegeu nele antes da fundação do mundo” e diz respeito a uma vocação exclusivamente celestial. Esta tal com o próprio céu de Deus permanecerá eternamente. No entanto se quanto a Israel ninguém tem dúvidas a respeito da sua eleição enquanto povo, a respeito da Igreja da presente dispensação muitos se levantam esquecendo as palavras do apóstolo a Tito 2:14 “...povo especial, zeloso de boas obras” ou ainda 2Co 6:16 “E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.”, ou até Ro 9:25 “Como também diz em Oséias: Chamarei meu povo ao que não era meu povo; E amada à que não era amada”, para falar de uma eleição individual em detrimento de outros. De facto Deus nunca elegeu ninguém em detrimento de outros mas mais uma vez elegeu um povo, mas este ao contrário de Israel com vocação para o céu, para a presença de Deus.
Tal como em Israel, a vocação da Igreja nada tem a ver com a salvação das almas. Estes povos foram eleitos ou escolhidos “para” cumprirem com “a vocação para que foram chamados”. Assim a vocação celestial da Igreja implica que sejamos dotados de características celestiais e não terrenas. Desde a vida do crente à sua relação com Deus, passando pela sua esperança e herança, tudo aponta para as regiões celestiais. A eleição da Igreja, também chamada de “eleição da graça”, tem também uma componente prática e o apóstolo dos gentios, corroborado por Pedro, associa a nossa vida prática ao carácter da nossa eleição (celestial) – Col 3:12; 2Pe 1:10. No entanto podemos questionar: não são os crentes chamados de eleitos? Sim, e muito naturalmente, no entanto isso não é um adjectivo do crente mas um título (Ap. 17:14). É o mesmo que um membro do povo de Portugal ter o título de português. Um membro de um povo eleito é um eleito não porque Deus o tenha escolhido de uma forma individual mas porque pertence ao povo eleito.
3 - A Vocação da Igreja
Convém começar por salientar que este assunto da vocação da igreja é vastíssimo sendo em si mesmo o tema que o apóstolo Paulo desenvolve ao longo das suas epístolas. Entendemos no entanto que é importante abordá-lo neste momento, ainda que abreviadamente.
A vocação da Igreja da presente dispensação, ao contrario do que possa parecer à primeira vista, é um assunto com uma vertente prática muito clara. Nós não fomos chamados apenas para conhecer a nossa vocação mas para andar de acordo com ela: “que andeis como é digno da vocação com que foste chamados” (Ef. 4:1). Deus está interessado em fazer uma obra gloriosa de santificação no Seu povo, no entanto não uma santificação qualquer mas de acordo com a presente vocação: “Por isso também rogamos sempre por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação, e cumpra todo o desejo da sua bondade, e a obra da fé com poder” (2Tim 1:11).
A vocação da Igreja Corpo de Cristo, tal como tudo o que lhe diz respeito, é celestial e espiritual: “Por isso, irmãos santos, participantes da vocação celestial...” (Heb 3:1). Tudo o que diz respeito à igreja diz respeito ao céu e ao plano de Deus para ele. Hoje os crentes devem viver com o seu olhar fixo nele, andando e buscando as coisas próprias do céu e não as da vocação terrena: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima” – celestiais – “onde Cristo está assentado à destra de Deus” (Col. 3:1). É por causa disto que as bênçãos, por exemplo, ao dispor dos crentes hoje são por natureza celestiais e espirituais: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo;” (Ef. 1:3) – as coisas terrenas como os bens materiais, saúde, e outras, ainda que lícitas quando vividas com acção de graças, nem sequer devem ser chamadas de bênçãos, pelo menos no sentido que a palavra de Deus lhes chama hoje.
Todos os aspectos da vida prática dos crentes devem ser caracterizados pela natureza da nossa vocação, sendo que muitos dos desvios verificados na vida de crentes sinceros advêm da incompreensão da sua vocação, vivendo de acordo com práticas e comportamentos pertencentes à vocação terrena de Israel. Isto é tanto mais importante quanto afecta não só o nosso dia a dia como também a forma como nos relacionamos com Deus pela oração e adoração. É frequente vermos crentes a orarem segundo os modelos que encontramos nos evangelhos com petições que só a acção do Espírito para as aperfeiçoar é que poderá fazer com que façam algum sentido aos ouvidos de Deus. Até mesmo a forma como nos reunimos para cultuar o Senhor depende da compreensão e prática da nossa vocação, caso contrário adorá-lO-emos não com “salmos, hinos e cânticos espirituais” mas com manifestações físicas como acontecia no tempo do povo terreno do Senhor.
Notemos ainda que, tal como verificamos com a eleição, também a Vocação dos povos eleitos é, nas suas particularidades, um acto soberano de Deus não dependente o êxito ou fracasso humano: “Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Fil. 3:14). “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos;” (2Tito 1:9).
Analisemos as particularidades da nossa vocação:
A Essência da Vocação
Cristo é a “plenitude daquele que cumpre tudo em todos” e o fundamento, “a principal pedra de esquina”, do “propósito eterno de Deus”. Ele é essência de tudo e também da Vocação celestial da Igreja. Principalmente sobre a perspectiva da Cruz, elemento fundamental dos ensinos da Graça, Cristo manifesta Deus sob aspectos nunca antes conhecidos. Seja a intimidade de Deus nas Suas pessoas Divinas, seja a Sua Graça, riquíssima misericórdia ou multiforme sabedoria (Ef. 2:4-9; 3:10). A Igreja Corpo de Cristo é o instrumento por meio do qual Cristo Se revela aos homens.
Por isso compreendemos a pretensão de Deus na chamada de Igreja: “Para louvor e glória da Sua graça” (Ef. 1:6). A igreja é um povo essencialmente de adoradores que exercerão essa função de modo particular no céu; mas já neste mundo o Senhor espera vidas de adoração em cada crente. Fomos salvos para ser o “louvor e glória da Sua graça” e não devemos esperar pela eternidade antes devemos procurar viver desde este mundo uma vida que soe ao Senhor como um louvor verdadeiro e sincero.
O Carácter: “santos e irrepreensíveis”
Este é o carácter da igreja aos olhos de Deus, um carácter digno do céu. Para a Sua presença o Senhor não espera menos do que isto: “santos e irrepreensíveis”. O povo celestial de Deus, a Igreja Corpo de Cristo, destina-se a viver no céu pelo que o seu carácter tem que estar de acordo com a presença do Senhor. Notemos que esta particularidade, exclusiva da Igreja, não está dependente da vida terrena dos crentes mas da deliberação soberana de Deus: “Prossigo para o alvo, pelo prémio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Fil. 3:14). Foi Deus quem decidiu e que materializará esta obra, no céu. Hoje todo o crente está, posicionalmente, sentado à “destra de Deus” e nesse lugar somos “santos e irrepreensíveis”, embora na prática vivamos quase sempre longe deste elevado estatuto. Mas “ausente do corpo, presente com o Senhor” o crente entra no gozo pleno da sua vocação sendo tudo aquilo que o Senhor determinou para ele, no céu.
No entanto somos exortados a viver já neste mundo segundo esta vocação pelo que devemos procurar viver de forma santa e irrepreensível – isto é não dando azo a que sejamos repreendidos e nos culpem por alguma “obra má” que pratiquemos.
A filiação
Uma das novidades introduzidas pela nova vocação da Igreja foi a alteração dos laços que relacionam os crentes com Deus. Nunca como agora os crentes tiveram uma relação tão estreita com o Senhor. Na antiga Vocação os crentes nunca foram chamados de filhos de Deus, antes esse titulo era geralmente atribuído aos anjos. (Gn 6:4; Job 1:6, 2:1). No entanto na presente vocação os crentes têm um novo estatuto: “E nos predestinou para filhos por adopção por Cristo Jesus, para Si mesmo, segundo o beneplácito da Sua vontade,” (Ef. 1:5). Numa manifestação clara da graça de Deus O Senhor fez de nós filhos de Deus, “não se envergonhando de nos chamar irmãos” (Heb. 2:11). Deus assume agora uma nova relação com os crentes, de “Deus e Pai”, abrindo-nos portas para uma vida prática de íntima comunhão com Ele.
Mas mais que isso. Os crentes da vocação celestial aos serem feitos, por decreto soberano de Deus, “filhos por adopção” são ainda integrados na “Família de Deus” (Ef. 2:19). Deus abriu definitivamente as portas da Sua casa celestial permitindo que homens pecadores mas salvos pela Sua graça sejam aceites como membros da Sua família, não numa relação de parentes afastados mas na relação mais estreita da família: filhos. E ainda que sejamos “filhos por adopção” não perdemos por isso qualquer privilégio, devido ao facto de nossa filiação ser baseada no sangue derramado pelo Senhor Jesus Cristo na cruz. Podemos mesmo dizer, com toda a reverencia, que temos verdadeira uma relação de sangue com Deus.
Como podemos ver isto é a graça superabundante de Deus que se compadeceu de homens miseráveis como nós para nos transformar no que de mais sublime pudéssemos imaginar.
O Corpo
Não menos surpreendente é o papel que o corpo físico dos crentes tem na presente vocação da Igreja. Obviamente a vocação celestial da Igreja, e dos seus membros, pouco tem a ver com o carácter físico do homem. Tornou-se por isso necessário que Deus trabalhasse no corpo. Este trabalho, também exclusivo da dispensação da graça, tem dois aspectos distintos:
a) No tempo presente o corpo do crente é a “morada de Deus em Espírito” (Ef. 2:20), “o templo de Deus” (1Co. 6:19). Nessa condição o Espirito de Deus sela o crente e garante a sua herança (Ef. 1:13-14). A nossa vida prática deve ter em conta a presença do Espírito permanentemente em nós.
b) No futuro o corpo do crente será transformado por forma a se adequar às realidades próprias do céu: “Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o eficaz poder de sujeitar a si também todas as coisas” (Fil. 3:21). “A carne e o sangue”, leia-se: esta carne e este sangue, “não podem herdar o reino de Deus”, pelo que o Senhor determinou o surgimento de uma nova natureza inicializada com o “Homem do céu”, o Senhor Jesus Cristo. Os crentes receberão corpos gloriosos “semelhantes” ao Seu, para viver no céu.
Estamos em crer que o futuro será uma surpresa maravilhosa para todos.
A Cidadania
A vocação da Igreja é caracterizada por um conjunto de aspectos que a tornam completamente distinta da vocação terrena de Israel. Um dos mais contrastantes é o que diz respeito à cidadania do povo “eleito antes da fundação do mundo”. Enquanto Israel tinha uma cidadania terrena a qual fazia depender todos os demais aspectos da sua vocação, a Igreja Corpo de Cristo tem uma cidadania totalmente celestial: “ ... a nossa cidade está no céu de onde esperamos o Salvador, O nosso Senhor Jesus Cristo” (Fil. 3:20). Daí que toda a nossa vida deva estar voltada para o céu, para as coisas que são de cima e não das que são da terra – ou da vocação terrena. A política que nos deve interessar deve ser a política celestial, as bênçãos que devemos almejar devem ser as do céu, no qual está todo o nosso futuro. Isto deve ter uma influência decisiva sobre a nossa vida, conforme demonstra o contexto de Fil. 3:20: o contraste da vida “cujo Deus é o ventre” (Fil. 3:19) – o materialismo – é o céu “de onde esperamos o Salvador, O nosso Senhor Jesus Cristo”. A vida de acordo com os valores celestiais é o modelo correcto para os dias em que vivemos, não somente por ser a melhor forma de contrariarmos o desenfreamento deste mundo, mas porque essa é a nossa vocação, independentemente do estado de degradação da humanidade. Somos exortados a buscar os valores celestiais, os assuntos celestiais, a esperança celestial, a política celestial, em detrimento dos antigos modelos da vocação terrena de Israel.
Vivendo desta forma certamente seremos “estrangeiros e peregrinos na terra” (Heb. 11:13) e “peregrinos e forasteiros” (1Pe 2:11).
Notemos ainda o significado e a clareza de Heb. 11:14-16: “Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria. E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar. Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade.”
Esta “cidade está no céu” – é a nossa pátria relativa à qual somos “concidadãos dos santos e da família de Deus”.
A Herança
Poucas coisas nos deverão espantar mais do que a graça de Deus para connosco relativa à herança que nos está reservada no céu: “Para uma herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para vós” (1Pe 1:4). Temos uma herança incontaminavel e incorruptivel enquanto povo, não dependente do resultado do que individualmente obtirvermos no “tribunal de Cristo”. Nesta condição somos “herdeiros de Deus e coherdeiros de Cristo,” (Rom. 8:17). Sublime verdade. Quanto ultrapassa o nosso entendimento o amor de Deus revelado em Cristo relativamente à vocação da Sua Igreja. Como podemos nós, seres pecadores, depois de uma vida caracterizada por mais ou menos pecados neste mundo, sermos abençoados com uma herança, nos céus, riquíssima, sendo-nos atribuido tudo o que por direito próprio pertencia somente ao Senhor Jesus Cristo. “Herdeiros de Deus e coherdeiros de Cristo”. Nunca se tinha visto nada que se compare a isto.
O crente da “presente verdade” tem todos os motivos para ter esperança, para viver esperançoso tanto no que se refere à sua vida com Deus ainda neste mundo como, e particularmente, quanto à eternidade. Precisamos abrir os olhos do nosso entendimento para ver e crer nestas verdades: “Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança de sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos” (Ef. 1:18). Ninguém é mais rico que o crente da presente dispensação, nem mesmo aqueles a quem foi prometido por herança a Terra. O céu com o Senhor Jesus Crsito é muito mais sublime, muito mais nobre e deleitável.
Por isso a esperança dos crentes devia ser uma só (Ef. 4:4), e não como frequentemente acontece, crendo cada qual no que entender, esperando cada um coisas diferentes.
Futuro da Vocação
Depois do que temos visto até este momento entendemos que dificilmente alguém deixará de notar uma clara diferença dos propósitos de Deus para a Igreja relativamente ao que anteriormente era conhecido. As diferenças são imensas ao ponto de podermos mesmo dizer que a Igreja está tão distante de Israel quanto o céu está da terra. Quase tudo o que diz respeito à Igreja é único, desde a sua eleição “antes da fundação do mundo” até ao próprio futuro.
Se nunca se tinha visto nada semelhante à Igreja Corpo de Cristo no que se refere ao passado e presente, ainda maiores vão ser as diferenças no que respeita ao futuro da vocação.
Primeiramente, “os principados e as potestades” assistirão perplexos ao momento inigualável da partida da Igreja para “encontrar o Senhor nos ares” (1Co 15; 1Ts 4). O arrebatamento de um povo inteiro para o levar para o céu será um momento não somente único como também transcendente, tanto para o homem como para os seres celestiais. Humanamente ainda existem muitos crentes que não compreendem a verdade do nosso arrebatamento confundindo a vinda do Senhor para a Igreja aos ares com a Sua vinda à terra para o reino milenar, não compreendendo que este evento acontecerá como último momento da “dispensação da graça de Deus” e como verdadeiro clímax da “vocação celestial” da Igreja, antes por isso do início da grande tribulação; ignoram a ordem da partida: “os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro, depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor” (1Ts 4:16-17). Só o estudo atento da Palavra de Deus com um espírito aberto, reconhecendo a sabedoria que o Senhor tem dado aos seus servos para compreenderem e ensinarem estes assuntos é que nos poderá abrir e renovar o entendimento das particularidades da vocação terrena para o deleite e vida prática da vocação celestial para que fomos chamados.
No entanto o arrebatamento da Igreja é apenas o começo do futuro que nos está reservado. De facto depois de retirados deste mundo partiremos para o céu, para a nossa verdadeira pátria. Uma vez em casa seremos tudo quanto o nosso Deus projectou para nós, entraremos na posse da nossa posição e seremos na prática tudo o que hoje somos na posição em Cristo, à mão direita de Deus. Como temos dito o céu é o nosso destino e está lá o nosso futuro. O verdadeiro crente encontrará tudo o que busca no céu onde cumprirá uma função importantíssima como adorador de Deus: “Para louvor e glória da Sua graça” (Ef. 1:6). Seremos plenamente o “louvor e glória da Sua graça” e a expressão física da “multiforme sabedoria de Deus”.
Louvado seja o nosso bendito Senhor pela Sua graça para connosco.
Terminamos este capítulo lembrando as palavras de Pedro: “Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. (2Pe 1:10).
4- A Eleição e a Salvação
Um dos motivos mais controversos da doutrina da eleição diz respeito particularmente à possibilidade colocada por muitos de Deus ter escolhido uns para serem salvos deixando outros, por exclusão de partes irremediavelmente condenados. Isto contraria tudo o que nós encontramos nas escrituras acerca da graça de Deus. Podemos inventar as desculpas que quisermos para fazermos passar esta versão errónea da eleição, mas isso nunca a tornará coerente nem biblicamente lógica. Se há muitos que estão irremediavelmente perdidos então porque morreu o Senhor “por todos os Homens”? Porque é oferecida a salvação a “todos os homens”? O nosso bendito Deus, para além de todas as Suas elevadíssimas virtudes, é um Deus extremamente coerente nunca se pondo em causa ou contradizendo-se. Como dissemos anteriormente a eleição é uma das maiores demonstrações da Graça ilimitada de Deus que idealizou todo o seu plano soberano pensando na salvação de “todos os homens”. Por isso também a morte sacrificial do Senhor Jesus Cristo foi conhecida desde antes da “fundação do mundo” (1Pe 1:20). Diga-se mesmo que o Senhor conta com todos os homens para executar os Seus planos. Tanto com Israel como na Igreja da presente época todos os homens tiveram a possibilidade de se tornar membros do povo eleito, sem que ninguém estivesse eliminado à partida. A salvação sempre foi oferecida a todos, mesmo aos não Judeus que tinham a possibilidade de se tornarem prosélitos:
Israel:
Ezequiel 18:32 “Porque não tenho prazer na morte do que morre, diz o Senhor DEUS; convertei-vos, pois, e vivei.”
No entanto esta vontade de Deus em salvar o pecador incluía o próprio judeu porque se corporativamente eram eleitos individualmente estavam perdidos pelo que tinham necessidade de se converterem – “porque nem todos os que são de Israel são Israelitas” (Ro 9:6):
Ezequiel 33:11 “Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis, ó casa de Israel?”
Isto tornou-se ainda mais claro depois da rejeição do Messias, porquanto lemos:
Romanos 11:28: “Assim que, quanto ao evangelho, são inimigos por causa de vós (Igreja); mas, quanto à eleição, amados por causa dos pais (Israel).”
Igreja:
1Tim 2:3-6: “Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.”
ATOS 17:30 “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam;”
Tit 2:11 “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens”
Custa a entender como é possível que perante a clareza destes textos ainda exista quem pense que o nosso amado Senhor tenha escolhido uns para serem salvos deixando outros para a perdição. Que mais é que o Senhor nos terá de dizer para compreendermos que o Seu desejo mais ardente é salvar “todos os homens”?
A eleição nunca contemplou a salvação porque Deus não salva povos, mas almas (a própria conversão de Israel ao Messias passava pelo arrependimento e batismo na água de cada Israelita individualmente). São duas coisas completamente distintas. Um eleito para o ser tem de se converter primeiro, e todos o podem fazer. Isto é a Graça de Deus na verdadeira acepção da palavra. O nosso Deus é um Deus de graça
É muito claro na palavra de Deus o Seu ardente desejo em salvar almas, as quais para Ele valem mais que o mundo inteiro: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” ( Mt 16:26). No entanto este desejo de salvação em nada belisca os Seus planos eternos nem estes estorvam à Sua vontade em salvar almas.
Conforme podemos ver pelo texto de Efésios 1 existem um conjunto de aspectos que fazem parte, por decreto Divino, da vocação da Igreja e consequentemente da nossa eleição (por ex.: a essência, o carácter, filiação, herança, pátria celestial, ...) mas não encontramos qualquer referência à salvação.
É contudo usual citar-se 2 Ts 2:13 para afirmar que Deus também nos elegeu para a salvação: “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade;”. De facto embora apareça aqui a palavra “salvação” o facto é que ela não diz respeito à nossa alma mas ao assunto tratado em todo o capítulo 2 desta epístola: a Grande Tribulação. O que ali diz é que na Sua bendita graça o Senhor nos elegeu para nos salvar, à Igreja Corpo de Cristo, desse período terrível que vai ser a Grande Tribulação. De facto este é também um dos factos soberanos da eleição do povo celestial – que este não passaria pela Grande Tribulação. Não é por mérito nosso ou como recompensa pelos serviços da Igreja enquanto povo mas porque Deus assim decretou e definiu como um dos aspectos para que fomos eleitos. Refira-se aliás que já em 1 Ts 5 quando o apóstolo trata o mesmo assunto ele tem o cuidado de ressalvar esta verdade embora dito de outra forma: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, ( 1 Ts 5:9).
5- A Eleição e a Presciência de Deus
1Pe 1:2 “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas.”
Ninguém pode negar a importância do atributo da presciência de Deus para o plano da eleição, no entanto este não foi usado no sentido que tradicionalmente se entende de que o Senhor sabendo antecipadamente os que se haviam de salvar, os terá escolhido para determinado fim. Não que o Senhor não conheça antecipadamente o coração do homem, pois só Deus conhece os intentos do coração humano, mas o facto é que Deus não escolheu ninguém para ser salvo ou perdido. Pensamos que esta verdade exalta ainda mais a graça de Deus que não obstante a Sua presciência relativamente a quem se salva e a quem se perde, continua a oferecer a salvação a todos sem excepção e mais que isso permitiu que o Seu Filho amado morresse por todos inclusive pelos que Deus sabia que se iam perder. Talvez isto nos ajude a compreender um pouco melhor a dureza do castigo eterno sobre os que rejeitarem o Senhor e a Sua salvação.
A presciência de Deus, de que nos fala Pedro, relativamente à eleição consiste no facto de que Deus na eternidade passada ter previsto o pecado na Sua criação celestial e terrena e ter idealizado um “propósito ... segundo a eleição” por meio do qual reconciliaria toda a criação consigo mesmo: “De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra;” (Ef. 1:10). De facto o pecado não apanhou Deus desprevenido, antes com um plano para lhe dar resposta e isto graças ao atributo da Sua presciência.
6- A Eleição e a Soberania de Deus
Se por um lado a eleição, conforme dissemos anteriormente, é um hino à graça infinita de Deus, por outro não o é menos em relação à Sua soberania. Todo o propósito da eleição está revestido da soberania de Deus, ou seja no acto de Deus concretizar os Seus planos sem os fazer depender da boa ou má conduta de anjos ou homens. Deus ao eleger dois povos fê-lo segundo “o beneplácito da Sua vontade”, dotando-os de um conjunto de propriedades independentemente do que seja a prática destes. Por exemplo no caso da Igreja Deus propôs em Si mesmo dotá-la com uma herança celestial valiosíssima tornando-nos “co-herdeiros com Cristo”. Fizemos alguma coisa para o merecer? Ou deixaremos de o ser por algum motivo? Não, foi Deus quem o determinou soberanamente sem que isto tenha a ver com “a vontade do varão”. Por isso lemos naquele belo cântico de Ro. 8 “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.” (vers. 33).
Mas perguntará alguém: não é Deus soberano para escolher uns para a salvação em detrimento de outros? A nossa resposta é NÃO. Deus é soberano mas também é coerente e a coerência de Deus é o limite da Sua soberania. Podemos mesmo dizer que Deus nunca passa por cima de Si mesmo. O Seu ardente desejo em salvar almas impede-o de rejeitar à partida seja quem for. Corroboramos esta verdade com um exemplo: Deus não é soberano para deixar de cumprir com as Suas promessas quando nós lhe somos infiéis (o que até seria justo)? A palavra de Deus dá-nos a resposta: “Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo.” (2Ti 2:13). Nem a soberania Divina o pode fazer “negar-se a Si mesmo”. Escolher uns para serem salvos em detrimento de outros seria “negar-se a Si mesmo”, ou negar o Seu próprio desejo declarado em salvar almas.
Não queremos deixar de fazer um breve comentário ao capítulo 9 da epístola aos Romanos. De facto uma leitura menos cuidada daquele texto pode-nos deixar a ideia de que o nosso amado Senhor usa a Sua soberania de uma forma tirana. ‘ Compadecesse de quem quer, endurece a quem quer, sem que a coisa formada possa dizer ao que a formou: porque me fizeste assim ’. Mas a verdade é que o estudo atento do texto leva-nos exactamente à conclusão que acima salientamos. De facto Deus nunca deveu nada ao homem para que este O questione – o homem só tem que se queixar de si mesmo. Mas Deus é misericordioso mesmo para com os rebeldes pelo que lemos: “Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia”. Mesmo em relação aos “vasos da ira” lemos: “E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição;”. Preparados por quem? Por Deus? Não, por eles próprios. Deus nunca contou com a perdição do homem pelo que os que se perdem não terão um destino especifico para eles mas o “fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;” (Mt 25:41). É verdade porém que Deus já endureceu os corações de muitos. mas nunca condenou nem endureceu santos nem pessoas que o desejavam conhecer como seu salvador, apenas homens ímpios cujos corações já à muito tinha dito não a Deus. Atentemos para os dois exemplos citados naquele capítulo: Esaú, de quem falaremos mais adiante, e Faraó. Homens perversos que tinham rejeitado o valor das coisas eterna a favor das temporais. Que dizer então se depois de estes e muitos outros homens terem rejeitado totalmente o Senhor, Ele os endurecer e usar para melhor se revelar e concretizar os Seus planos? Por isso podemos compreender melhor o versículo que diz: “Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas?”
7- Um Outro Tipo de Eleição
É frequente ainda confundir-se o assunto que estamos a tratar com determinados casos que encontramos nas escrituras acerca de escolhas pontuais, mas soberanas, de Deus. No entanto isto é um assunto completamente distinto do que tratamos até aqui. De facto o Senhor tem um propósito para cada crente e para cada igreja local podendo por isso levantar homens salvos pela Sua graça para executar determinada tarefa. Podemos encontrar alguns exemplos nas escrituras: a escolha de Judá: “Antes elegeu a tribo de Judá; o monte Sião, que ele amava.” (Sl 78:68); a escolha de David: “Também elegeu a David seu servo, e o tirou dos apriscos das ovelhas;” (Sl 78:70); a escolha de Pedro: “E, havendo grande contenda, levantou-se Pedro e disse-lhes: Homens irmãos, bem sabeis que já há muito tempo Deus me elegeu dentre nós, para que os gentios ouvissem da minha boca a palavra do evangelho, e cressem.” (Ac 15:7). Ora isto nada tem haver com o propósito eterno da eleição, são escolhas ou chamadas pontuais sem que isso implique demérito ou perda para os não chamados, é apenas a ordem de Deus que Ele estabelece, note-se, soberanamente.
O mesmo se passa com aquele texto das escrituras, tantas vezes incompreendido, de Ro. 9:11:
“Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), Foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor. Como está escrito: Amei a Jacó, e aborreci a Esaú. Que diremos pois? que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma.”
O que este texto diz é que Deus na Sua soberania escolheu Jacó e não Esaú para ser o patriarca das doze tribos de Israel. Esaú não estava condenado por causa desta decisão de Deus, o que o condenou foi a vida profana que ele sempre viveu. Pela sua vida compreendemos o porquê desta decisão de Deus: Esaú como patriarca fazia perigar os planos de Deus relativos, aqui sim, à eleição de Israel:
“(para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama)”. Note-se que tanto na chamada de Jacó, David, Pedro e da tribo de Judá o que sempre determinou a escolha foi sempre a vontade soberana de Deus de acordo com o que o Senhor entendeu ser o melhor para levar até ao fim os Seus planos. E nisto não há injustiça porque se os que não são chamados souberem com humildade se sujeitar à vontade de Deus por certo que também poderão ser usados para a gloria de Deus noutras áreas. É o que acontece num igreja local que está ordenada segundo Deus: quando o Senhor chama, ou elege, um crente para ancião por exemplo, os não chamados não deixarão de ser abençoados por causa disso, a menos que como Esaú se ensoberbeçam e se tornem profanos. Aí sim “Amei a Jacó,- o escolhido - e aborreci a Esaú – o soberbo”
Conclusão:
Pensamos ser claro na palavra de Deus que a eleição é corporativa (povos) e não individual, deixando sempre a possibilidade de todos os homens pertencerem ao povo eleito. A salvação das almas em nada é afectada pela eleição nem vice-versa.
O importante agora é conhecermos a vocação de nossa eleição como povo que é a Igreja Corpo de Cristo de modo a vivermos de acordo com a “vocação – celestial - com que fomos chamados” Ef. 4:1
Que o Senhor nos dê graça para analisarmos estas coisas pela palavra de Deus de modo a compreendermos melhor o Seu “propósito eterno” para o louvarmos e por Ele vivermos para a Sua gloria.
Fonte: Blogagens & Blogueiros
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