BEBIDA ALCOÓLICA
Por Paulo Junior
É impressionante notar que no meio cristão há tanta polêmica envolvendo o consumo de álcool. Há uma multidão interminável de teólogos e pastores cristãos que advogam o uso do álcool, com moderação. Eles não veem problema algum (nem pecado algum) em ingerir bebida alcoólica. Para eles a Bíblia não declara explicitamente que beber seja pecado! E, nessa interpretação, muitos têm consumido álcool livremente – se embriagando, é lógico – pois quem consegue beber somente uma xícara de cerveja ou vinho?
A Bíblia, mesmo não tendo um versículo como “Não consumirás álcool”, deixa claro em várias passagens acerca dos perigos do álcool, demonstrando que um cristão não tem nenhuma parte com isso e, pelo contrário, deve terminantemente se afastar de qualquer coisa ligada ao álcool! “Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente” (Provérbios 23:31).
O versículo que usei como tema desse devocional, mostra como o álcool era visto logo nos primeiros dias da raça humana na Terra. As filhas de Ló estavam sem maridos, não haviam homens com quem se casarem. No desespero de não deixarem descendência, pensaram em ter relações sexuais com o próprio pai (incesto). Porém, como fazer tal atrocidade com consentimento do pai? Ló jamais concordaria em ter relações com as próprias filhas! Foi então que uma das filhas disse: “Demos de beber vinho a nosso pai, e deitemo-nos com ele”!
As filhas logo pensaram no álcool, pois elas conheciam os efeitos nocivos da bebida, não reconhecendo na bebida alcoólica nada positivo – muito pelo contrário – viam o álcool, já naquela época, como um entorpecente vil e mortífero! Foi através do álcool que cometeram um dos atos mais hediondos das Escrituras, pior do que os atos dos moradores de Sodoma, de onde tinha saído: INCESTO, relações sexuais com o próprio Pai!
Preste atenção: é isso que o consumo de bebidas alcoólicas faz! As filhas de Ló inibiram os reflexos do pai, seu raciocínio, sua coordenação motora, retiraram a vergonha do pai, e fizeram-no cometer grave pecado! E o resultado, qual foi (para aqueles que não veem problema algum em tomarem uns goles da vil bebida)? Daquele ato incestuoso as filhas de Ló deram à luz dois meninos, dos quais se originaram os Moabitas e os Amonitas, inimigos constantes de Israel.
Aliás, o uso da bebida alcoólica (vinho ou bebida forte) no Antigo Testamento esteve sempre associado a desgraças. Veja o caso da nudez de Nóe (Gênesis 9:20-29), que foi ocasionada pelo vinho. Davi, quando intentou mal contra Urias, seu soldado, fez uso do álcool para enganá-lo (2Samuel 11:13). O rei Belsazar, ao profanar os utensílios do Templo (Daniel 5:1-4, 22-31), estava consumindo álcool.
Eu pergunto, como consumir bebida alcoólica pode ter algum efeito positivo para alguém? Beber com moderação? Isso está parecendo propaganda de cerveja na televisão! Não deveríamos, portanto, fumar maconha com moderação? Cheirar cola ou cocaína com moderação? O álcool é responsável por mais mortes e desastres nas famílias do que todas as outras drogas ilegais! Isso é um absurdo, pois a Bíblia declara: “O vinho é escarnecedor, a bebida forte alvoroçadora (Provérbios 20:1).
Possuímos tantos outros textos que nos advertem sobre o consumo da bebida alcoólica, mas vamos usar o bom senso, meu querido irmão! Em tempos de apostasia, esfriamento da Igreja, corrupção de toda sorte entre a cristandade, tudo que não precisamos é do uso do álcool, para piorar ainda mais nossa situação!
Aqueles que defendem o uso das bebidas alcoólicas defendem sua própria vontade e sua avidez pelo prazer através da bebida! Você, como cristão, deve se afastar completamente de qualquer bebida alcoólica. Os efeitos delas são devastadores e causam grande grave pecado contra Deus, abrindo ainda uma enorme porta para o diabo entrar. Devemos zelar pela saúde do nosso corpo e sanidade da nossa mente, levando em conta que somos santuário do Espírito Santo (veja 1Coríntios 6.19-20, 2Coríntios 6.14-18). Assim sendo, devemos seguir os conselhos do apóstolo Paulo: “Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios” (1Tessalonicenses 5:6).
No amor de Cristo,
Paulo Junior